Pivô do escândalo que quase derrubou Michel Temer, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, vai falar terça-feira (8) a congressistas nas CPIs do BNDES e da JBS. Os depoimentos já causam frouxos intestinais no Palácio do Planalto.
Joesley gravou em situações nada republicanas Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), este último pedindo uma propina para o empresário. Entretanto, o Congresso Nacional livrou ambos da cassação e, em setembro, o dono da JBS foi parar atrás das grades.
Joesley Batista é convocado para depor na terça-feira em duas CPIs
O empresário Joesley Batista, dono da empresa J&F, foi convocado para depor em duas comissões parlamentares de inquérito na próxima terça-feira (28), às 9h. Preso desde setembro por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Joesley Batista deve falar a senadores e deputados da CPI do BNDES e da CPMI da JBS.
Joesley, e o irmão Wesley, também preso, teriam mentido e omitido informações no acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República. O ministro do STF Luiz Edson Fachin suspendeu os benefícios do acordo.
Em ofício encaminhado à CPI da JBS na quarta-feira (22), os advogados de Joesley Batista adiantaram que ele deve permanecer calado durante a reunião. Os defensores do empresário lembram que outras três pessoas convocadas para depor à comissão já ficaram em silêncio: Wesley Batista; o advogado Francisco de Assis e Silva e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud.
“O exercício do direito ao silêncio é a clara posição a ser tomada diante da atual situação jurídica dos acordos de colaboração premiada. A decisão de manter a oitiva do ora requerente poderá acarretar elevados e desnecessários gastos públicos pela quarta vez”, argumentaram os advogados de Joesley Batista.
Com informações das Agência Senado e Agência Brasil
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.