O mundo se levanta contra liberação do trabalho escravo por Michel Temer

O afrouxamento na fiscalização ao trabalhado no escravo no Brasil somado às emendas parlamentares e à “cartinha” são os ingredientes usados por Michel Temer (PMDB) para livrar-se, na Câmara, da denúncia de organização criminosa e obstrução à justiça.

Dito isto, os deputados Aliel Machado (REDE-PR) e Alessandro Molon (REDE-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) prometem colocar água no chope do peemedebista. A bancada propôs Projeto de Decreto Legislativo para sustar os efeitos da portaria do governo que facilita o trabalho escravo no Brasil.

A repercussão de compra e venda de deputados e senadores por Michel Temer atravessou o Atlântico e ganhou as manchetes em todo o mundo.

Com a mudança no sistema de fiscalização, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) passou a identificar o Brasil como exemplo negativo no combate ao trabalho escravo.

O texto do Ministério do Trabalho restringe a definição de trabalho em condição análoga à de escravidão, inviabilizando o enquadramento de condutas ilegais e dificultando a fiscalização dessas situações.

A portaria também determina que a ‘Lista Suja’ do trabalho escravo só será divulgada após a aprovação do ministro do Trabalho. Antes, a publicação ficava a cargo de equipe técnica do ministério.

Economia

A medida de afrouxamento beneficia e atende à bancada ruralista na Câmara formada por cerca de 200 deputados.

Se para salvar o mandato de seu comparsa o senador Aécio Neves (PSDB-MG) torrou R$ 200 milhões em emendas parlamentares, imagine caro leitor quanto Temer não despenderá para salvar ao próprio pescoço nesta segunda denúncia em votação na Câmara. Tenha sempre em mente, caríssimo, que essa verba sai da viúva (os cofres públicos).

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