A lava jato é um câncer

O Estadão descobriu tardiamente que a lava jato é um partido político, mas na verdade a força-tarefa de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro é um câncer.

O ex-ministro Aldo Rebelo e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo em debate realizado ontem, em São Paulo, atribuíram à lava jato a destruição da indústria nacional e a criminalização da política.

Note o caríssimo leitor que tanto Belluzzo quanto Rebelo não são investigados pela força-tarefa de Curitiba, portanto eles não têm razões “pessoais” para fazer tal contraposição ao seletivismo e partidarismo da lava jato.

No debate ocorrido no Dieese, o ex-ministro Aldo Rebelo afirmou que existem instituições que “confundem a missão de combater a corrupção com a substituição da política” e lamentou a perda de patrimônio, físico e de inteligência, provocada sob pretexto – legítimo – de combate à corrupção.

Para Belluzzo, a lava jato errou ao punir empresas em vez de pessoas, paralisando, por exemplo, o setor de construção pesada e atingindo setores que expandiam atividades para fora do país. “Isso é uma regressão inacreditável”, criticou.

Se a lava jato é um câncer, ora, por que não removê-lo para não comprometer o resto do corpo (metástase)? Lembre-se de um detalhe importante: existe cura para o câncer somente se ele for diagnosticado antes…

Economia

O custo da pirotecnia e do fetiche do combate à corrupção é muito elevado. Milhares de trabalhadores perderam seus empregos nos últimos dois anos. Outros tantos brasileiros foram morar nas ruas. A diminuição da presença do Estado em setores essenciais como saúde e educação, bem como a precarização do trabalho, são produtos da lava jato.

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