Cunha comprou votos para o impeachment com propina, diz Funaro

Somente um hipócrita para dizer que “não sabia” da compra de deputados na votação do impeachment de Dilma Rousseff.

Agora, um ano e meio depois, eis que veio a revelação do método sórdido por meio do lobista Lúcio Funaro.

Segundo o operador do PMDB, em delação à PGR, ele repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprar votos a favor do impeachment da presidenta eleita.

Funaro afirmou que fora abordado pelo ex-presidente da Câmara nas vésperas da votação do impeachment da petista no dia 17 de abril.

“Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo”, revelou a procuradores da PGR.

Em delação premiada homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da lava jato no STF, Funaro deixa claro a atuação de Cunha para comprar votos na Câmara.

Economia

“Ele (Cunha) falou expressamente comprar votos?”, questionou uma procuradora que obteve a seguinte resposta de Funaro: “Comprar votos”.

Preso no presídio da Papuda, o operador financeiro do PMDB assegurou que “consolidou” o repasse de R$ 1 milhão para Cunha comprar votos no impeachment de Dilma.

Funaro contou à PGR que Cunha comprou, pagou antecipado, mas teve deputado que faltou à sessão do impeachment.

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