Cunha comprou o impeachment; e o Supremo não vai reagir?

Causa espécie a omissão do STF diante do depoimento de Lúcio Funaro de que o impeachment de Dilma Rousseff foi comprado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Até agora os ministros da corte suprema fazem cara de samambaias.

Ele mesmo, Funaro, afirmou à PGR que deu um milhão de reais para derrubar a presidenta eleita. Também contou que buscou mais dinheiro com o empresariado. Citou nomes de deputados comprados e o beneficiário direito Michel Temer (PMDB). E o Supremo nada.

Nesta quarta-feira, dia 18 de outubro, a CCJ da Câmara votará o parecer do relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) sobre o pedido do STF para abrir ação penal contra Temer por ‘organização criminosa’ e ‘obstrução à justiça’. Mas nenhuma palavra da corte sobre a compra de deputados para derrubar Dilma, interromper a democracia.

O STF não reage às graves denúncias de Funaro. Por que o Supremo na qualidade de guardião da Constituição não reage? Por quê?

Sob pena de omissão e cumplicidade, caberá ao STF se manifestar acerca do mandado de segurança pela anulação do impeachment. A defesa de Dilma vai pedir nesta terça-feira (17) que as imagens com a delação do do doleiro Lúcio Funaro sejam anexadas aos autos.

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