Aécio Neves (PSDB-MG) “venceu” no STF, mas tende levar chumbo no plenário do Senado.
O tucano ganhou sobrevida pela decisão apertada do Supremo, 6 votos a 5, que reconheceu ser a palavra final do Congresso determinante para o afastamento de parlamentares.
“Fortalecer a Constituição, para estes, foi um indesejável mas inevitável dano colateral. É o contrário de nós que defendemos a Constituição e a democracia da soberania popular, para quem beneficiar o Aécio não passou de um indesejável mas inevitável dano colateral”, interpretou o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
Mas, ao que parece, o Senado poderá cassar o mandato de Aécio.
No final de setembro, o PT protocolou o pedido de cassação haja vista as robustas provas contra o tucano. O partido era contra o STF usurpar a prerrogativa do Congresso de julgar um dos seus.
Para que o leitor tenha noção de quão a batata de Aécio está assada, os três senadores do Paraná — Alvaro Dias (Podemos), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) — fecharam questão pela defenestração do senador tucano.
Não há no horizonte vontade de o Palácio do Planalto — leia-se Michel Temer (PMDB) — salvar a pele do “aliado” do PSDB. Afinal, o próprio peemedebista terá de salvar-se na Câmara e o Senado está no segundo plano.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.