A revista Veja tem banalizado a retranca “URGENTE” para dar sentido de “indispensabilidade” e “verossimilhança” em suas chamadas contra o ex-presidente Lula.
Entretanto, não há nada de verdade no que publica. O semanário da Abril apenas se esmera na corriqueira panfletagem ideológica temendo a volta do petista em 2018.
A última de Veja é dar crédito a Antônio Palocci, que almeja aderir à picaretagem premiada, visando se livrar da cadeia. Para isso, após “torturas”, segundo o PT, o ex-ministro “confessa” aquilo que os procuradores da lava jato querem ouvir, ou seja, a criminalização de Lula.
De acordo com a revista, o ex-ministro entregou pessoalmente a “pacotes de 30 000 reais, 40 000 reais e 50 000 reais” ao ex-ministro.
Falar, até papagaio fala. A questão é: Palocci tem como provar o que disse com o intuito de sair da prisão? Ou basta a palavra de quem está sob tortura?
“Lula já teve suas contas e de parentes devassadas e jamais foram encontrados quaisquer valores ilícitos”, contesta o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o petista.
Pelo jeito, Veja fez um “pacto de sangue” com Palocci que, subitamente, se esqueceu da delação que faria contra os bancos. Aliás, a esse respeito, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (PMDB-PR) denunciaram nesta quinta-feira (14), da tribuna, que a lava jato protege banqueiros e o ministro Henrique Meirelles.
Segundo os dois parlamentares, não há que se falar em “lavagem de dinheiro” sem a participação criminosa dos bancos. Bingo!
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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