Todas as delações sob suspeição

Pau que bate em Michel Temer também bate em Lula, Beto Richa…

A indústria da delação premiada implodiu depois que a flechada de Rodrigo Janot ganhou efeito bumerangue na noite desta segunda-feira (4).

A revelação de que Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, gravaram áudio com revelações “gravíssimas” contra quatro ministros do STF e a própria PGR fez Janot falar em “anular” benefícios da delação premiada.

Se o instituto da delação se desmoraliza em relação às acusações contra Temer, igualmente entra em suspeição acerca das denúncias contra Lula e o governador do Paraná Beto Richa (PSDB), por exemplo, beneficiados pela analogia in bonam partem.

A espiral de decadência da delação premiada foi acentuada com a acusação do advogado Tacla Duran segundo qual membros da lava jato “vendem” melhores condições para réus na força-tarefa. Na semana passada, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) pediu abertura de uma CPI para investigar essa indústria.

Por conta da regra comercial que impera na lava jato, de acordo com o parlamentar, muitos devem estar presos pela lava jato sem provas com base em depoimentos mentirosos.

Economia

Cabe aqui parafrasear Otto Von Bismarck, responsável pela unificação da Alemanha: Se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas e as delações, não comeriam as primeiras e não dariam crédito às segundas.

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