Ministro da Saúde “vendeu” de cargo público, acusa MP

O Ministério Público do Paraná, no âmbito da investigação na Operação Quadro Negro, também enxerga o envolvimento do ministro da Saúde Ricardo Barros (PP) em suposta “venda” de cargo público no governo do Paraná.

A Operação Quadro Negro investiga desvio de R$ 20 milhões de verbas públicas destinadas à construção de escolas no Paraná. A propina, segundo delações premiadas, foi drenada para fazer caixa 2 de campanhas de deputados e do governador Beto Richa (PSDB) — candidato ao Senado em 2018.

A linha de investigação consiste na tese de que Barros “vendeu” cargo público para beneficiar um parente seu, que recebia em “troca” uma mesada de R$ 15 mil.

Os promotores de Justiça não veem “troca” de cargo por outro benefício, como chegou a apontar reportagem desta sexta-feira (1º) na Folha de S. Paulo.

Ao jornal paulistano, Barros disse que a Operação Quadro Negro virou inquérito e ação na Justiça há mais de um ano e que não houve citação a seu nome.

De acordo com informações coletadas pelo Blog do Esmael, o MP deverá ingressar com uma “pesada” ação de improbidade administrativa contra o ministro, haja vista que a negociação de “venda” de cargo público teria ocorrido dentro da sala da vice-governador Cida Borghetti (PP), mulher de Barros.

Economia

Conforme delação premiada à espera de homologação do STF, o empreiteiro Eduardo Lopes, dono da Valor Construtora, foi chamado ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, para acertar os termos de “compra” e “venda” de cargo público — entre o dono da Valor e o ministro da Saúde.

O Blog do Esmael registrou em primeira mão, há dois anos, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do Paraná na época.

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