Incriminação de Lula na lava jato gera “revolta” de petistas nas redes sociais

O depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sergio Moro, nesta quarta-feira (6), incriminando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está gerando revolta nas redes sociais.

Palocci está preso há um ano em Curitiba e em junho passado foi condenado a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É nesse contexto que ele deu com a língua nos dentes.

Por outro lado, a militância petista ameaça sair da internet em resposta à tentativa da força-tarefa lava jato de prender Lula.

Em depoimento nesta tarde, Palocci teria dito que o ex-presidente avalizou um “pacto de sangue” no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do governo Lula e os primeiros anos do governo Dilma, segundo seus advogados.

A tropa do PT terá uma chance de provar que é “revolucionária” além do teclado e do smartphone no próximo dia 13 de setembro, quando, novamente, Lula estará frente a frente com Moro, em Curitiba, para novo depoimento acerca do tema.

O advogado Adrina Bretas, da defesa de Palocci, disse que seu cliente “revelou importantes detalhes dos bastidores e dos meandros que permearam as relações de poder na transição do governo Lula para o governo Dilma e como foi essa compra de boa vontade da Odebrecht em relação ao governo”.

Economia

A acusação é de que Lula recebeu da Odebrecht um terreno de R$ 12,4 milhões destinado a ser a nova sede do Instituto Lula (negócio que acabou não se concretizando) e um apartamento de R$ 540 mil em São Bernardo do Campo (SP), vizinho ao que o petista mora com a família. Segundo os defensores, Palocci não só confirmou que mediou este arranjo como teve o aval de Lula.

Em contrapartida, segundo a lava jato, o ex-presidente é acusado de favorecer a Odebrecht em contratos com a Petrobras.

Moro e a velha mídia recrudescem contra Lula objetivando tirá-lo da disputa eleitoral de 2018.

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