A senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, afirmou nesta segunda-feira (28), em depoimento no STF, que está sendo vítima de perseguição política.
“Eu sou vítima de perseguição política em razão da origem desse processo com Alberto Youssef e o seu advogado que foi assessor no governo de Beto Richa, do PSDB”, declarou ao final do depoimento na ação penal da lava jato.
A petista denunciou que foi denunciada em um processo que tinha um alto grau de politização e muita influência no Judiciário, incluindo o Ministério Público, pela opinião pública, “o que é um erro”, segundo ela.
Gleisi informou que negou no depoimento o que estão lhe acusando e disse pediu para que o Ministério Público mostre quais são as provas de que ela cometeu corrupção passiva ou lavagem de dinheiro.
“Primeiro porque eu não tive contato com Paulo Roberto Costa — ex-diretor da Petrobras–, nunca tive ascendência na Petrobras, nunca facilitei ou dei condições ou me relacionei com fornecedores da Petrobras para beneficiá-los. Isso teria que estar caracterizado no processo para estarem me acusando como estão”, garantiu a senadora.
Gleisi reclamou que está há três anos apanhando nesse processo, pois, de acordo com ela, não tem uma prova de que tenha cometido qualquer crime. “Estou sendo julgada e condenada antecipadamente”.
A presidenta do PT, bem como o marido ela, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram ouvidos hoje por juízes auxiliares do ministro Edson Fachin, relator da lava jato no Supremo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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