Nicolás Maduro chegou à Presidência da Venezuela pelas urnas. Michel Temer usurpou a cadeira de Dilma Rousseff por meio de um golpe de Estado. Afinal, quem é mais legítimo?
Quem é o legítimo nessa história toda? E o ilegítimo?
A discussão ganhou corpo por conta do discurso da senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, no Foro de São Paulo, realizado na Nicarágua, contra a tentativa de golpe no país caribenho, tal qual sua posição aqui no Brasil, contra o golpe de Estado e à perseguição ao ex-presidente Lula.
Em contrapartida ao apoio aos venezuelanos, Gleisi trouxe na bagagem solidariedade dos partidos de esquerda latino-americanos e europeus denunciando a tentativa de tirar Lula da disputa eleitoral de 2018 pela via do tapetão.
Afinal, quem é o ilegítimo? E o legítimo?
Temer que entrou no Palácio do Planalto sem eleição e é rejeitado por 95% dos brasileiros? Ou Maduro que neste domingo realizará mais uma eleição?
O Brasil, como se voltasse 33 anos no tempo, luta agora pelas Diretas Já.
Resumo da ópera: a comparação é negócio muito ruim para Temer.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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