O k-suco tende a ferver nas próximas horas, pois o ministro do Supremo Gilmar Mendes foi ao contra-ataque dizendo que os presos da Lava Jato são reféns políticos do juiz Sérgio Moro.
A polêmica declaração de Mendes ocorre na véspera do interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, ao magistrado da força-tarefa. Ele foi entrevistado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Em virtude de ter votado a favor de decisões que contrariam a cúpula da Lava Jato, o ministro do Supremo recebeu um pedido de impeachment feito pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot. Dentre as decisões de Gilmar que incomodam a força-tarefa está a liberdade para o ex-ministro José Dirceu.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes não poupou críticas ao grupo liderado por Moro e procurador Deltan Dallagnol.
“É uma tentativa de manter um apoio permanente [à Lava Jato]. E isso obviamente é reforçado com a existência, vamos chamar assim, entre aspas, de reféns”, diz o ministro.
Gilmar Mendes afirma na entrevista não ter dúvidas de que há um terrorismo midiático promovido pelos integrantes da Lava Jato.
Sobre a libertação dos “reféns”, o ministro do STF é taxativo: “O Supremo tem uma doutrina centenária que diz que a prisão preventiva tem limites. Ela será sempre temporária. E isso decorre da Constituição.”
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.