UGT prepara campanha pelo fim do fundo partidário

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), seção Paraná, divulgou nota nesta quarta-feira (19) condenando o ataque o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da “desgraça” da reforma trabalhista, que retira direitos como férias, 13º salário, FGTS, dentre outros.

A bronca da central com o relator também tem a ver com declaração do parlamentar tucano que, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, afirmou que os sindicatos laborais não estavam preocupados com os trabalhadores, e sim com a contribuição sindical.

O presidente da UGT-PR, Paulo Rossi, em retribuição, estuda lançar campanha pelo fim do fundo partidário que consome anualmente R$ 819 milhões.

O Fundo Partidário é composto por multas e penalidades em dinheiro aplicadas de acordo com o Código Eleitoral e outras leis vinculadas à legislação eleitoral; de recursos financeiros que lhes forem destinados por lei, em caráter permanente ou eventual; doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por meio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário; e dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por R$ 0,35 – em valores de agosto de 1995.

“Interessante, que tal parlamentar, em nenhum momento questiona os BILHÕES que são destinados às entidades patronais através do sistema “S”, esse sim, uma verdadeira caixa-preta”, cobra a UGT-PR num trecho da nota.

A receita anual do Sistema “S” do qual fala a central sindical equivale a R$ 36 bilhões/ano, cujos recursos são oriundos da chamada contribuição compulsória, que é descontada das empresas nas guias de recolhimento do INSS. Portanto, trata-se de dinheiro público.

Economia

A temperatura se elevou nessa discussão sobre o fim da contribuição sindical com a tentativa de o governo Michel Temer (PMDB) aprovar, em regime de urgência, o projeto de reforma trabalhista (precarização da mão de obra) durante a noite desta terça (18). Os trabalhadores entenderam o movimento como mais uma declaração de guerra combinada com tapetão.

A seguir, leia a íntegra da nota da UGT-PR:

NOTA DE REPÚDIO

A União Geral dos Trabalhadores no Estado do Paraná (UGT-PARANÁ), vem por meio deste, REPUDIAR as declarações do relator da reforma trabalhista, deputado federal Rogério Marinho (PSDB/RN), que em entrevista ao programa “Roda Vida”, da TV Cultura, dia 17/4, afirmou que os sindicatos laborais não estavam preocupados com os trabalhadores, e sim com a contribuição sindical.

A UGT-PARANÁ lamenta o posicionamento intransigente do deputado tucano, que tenta a todo custo denegrir a imagem das entidades sindicais de trabalhadores, querendo desta forma, justificar seu relatório que vai acabar com vários DIREITOS da classe trabalhadora somente para agradar aos patrões.

Num momento em que a OIT (Organização Internacional do Trabalho), incentiva o TRABALHO DECENTE, com melhores condições de trabalho, renda e qualidade de vida, o Brasil que é país membro da OIT, está indo na contramão, querendo usurpar direitos duramente conquistados, tais como: Férias, 13º salário, FGTS, dentre outros.

Interessante, que tal parlamentar, em nenhum momento questiona os BILHÕES que são destinados às entidades patronais através do sistema “S”, esse sim, uma verdadeira caixa-preta.

Esperamos que os nobres parlamentares que realmente estão comprometidos com a CLASSE TRABALHADORA, REJEITEM tal projeto que irá dizimar conquistas trabalhistas arduamente conquistadas pelos sindicatos representativos dos trabalhadores, pois caso contrário, nossa resposta será nas urnas em 2018, demonstrando à classe trabalhadora quem são os traidores do povo brasileiro.

REFORMAS: NENHUM DIREITO A MENOS!