O ilegítimo Michel Temer já não é o mesmo aquele, anterior ao golpe, que prometia “harmonia” com o Congresso.
Sem votos em plenário, os governistas retiraram de pauta, no final desta tarde, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, que cria o Regime de Recuperação Fiscal para estados em situação falimentar em troca de contrapartidas como privatização, redução de incentivos tributários e congelamento de salários.
Na semana passada, Temer há havia tentado sem sucesso aprovar a matéria.
Envelhecido e apodrecido com apenas 11 meses, o governo golpista vem perdendo sucessivas votações na Câmara e nem arrisca “contar as garrafas” no Senado — onde o quadro parece ser mais crítico com as dissidências no próprio PMDB.
Nenhum deputado em sã consciência, que sonha em continuar na Câmara, quer tomar o “cianeto” das reformas em vésperas de eleições. É o que propõe aos parlamentares o governo “Jim Jones”.
Contribuiu para a “broxada” de hoje a abertura de inquérito contra 42 deputados citados na lista de Fachin, relator da Lava Jato no STF.
O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), o Botafogo, encerrou a sessão devido ao baixo quórum, que atingiu 292 registros no painel eletrônico. Para aprovar um projeto de lei complementar, são necessários 257 votos favoráveis ao texto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.