Richa enfrentará greve do funcionalismo mais forte de todos os tempos

A insistente política de Beto Richa (PSDB), que retirada de direitos, levará os servidores públicos à greve por tempo indeterminado no Paraná.

A educação deverá ser a primeira categoria a realizar assembleia, no próximo dia 11, em Maringá, e deflagrar o movimento paredista a partir de 15 de fevereiro.

As recentes humilhações na distribuição de aulas, a redução das horas-atividades e os costumeiros calotes de Beto Richa na data-base e nos avanços e progressões justificam e dão razão à greve dos educadores e dos demais funcionários públicos no estado. Dos 300 servidores do estado, 100 mil são do magistério (um terço).

A diferença da paralisação deste ano de 2017 em comparação a 2015, por exemplo, será a elevação do tom de todas as categorias. O funcionalismo deverá politizar ao máximo a greve e com isso aprovar o mote “Fora Beto Richa”, pois, segundo os sindicatos, há motivos de sobra para pedir a saída do tucano do governo: corrupção, corrupção, corrupção… calote, calote, calote… (Note que a pauta econômica, das conquistas, está submetida à da política).

O governador Beto Richa já começou a usar na velha mídia uma “vacina vencida” ao dizer que os servidores sacaneados são todos “petistas” ou que eles são a única oposição organizada ao Palácio Iguaçu. É a mesma tática utilizada por ele na greve de 2015 e nas outras manifestações de professores e demais servidores públicos.

É verdade que o movimento da educação e do serviço que está para estourar daqui uma semana é uma força política organizada. Mas Beto Richa tenta carimbar pejorativamente essa bendita organização democrática como sendo “coisa do PT”. No entanto, esse discurso não convence haja vista que 80% dos paranaenses o rejeitarem. Ou seja, a “vacina está vencida” e o governador do PSDB precisará mudar o disco.

Economia

Beto Richa age como um “disco furado” ao repetir sobre a politização do movimento paredista, como se fosse um mantra, porque foi treinado pelo marqueteiro Mário Rosa para eximir-se de culpa pelo massacre de 29 de abril de 2015 e atribuir aquela linda mobilização aos “petistas”. Essa conversa não cola mais, mas o tucano tentará a sorte novamente por aí.

Portanto, os servidores somente terão mais êxito em sua luta deste ano se gritarem bem forte “Fora Beto Richa, já!”. Os grevistas também devem exigir os resultados das investigações das operações Quadro Negro (desvio de recursos da educação), da Publicano (propina na Receita Estadual) e da Odebrecht (planilhas e delações).

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