A imagem é tudo nesses tempos de Lava Jato. Quem primeiro prender o papa será ungido ministro do Supremo na vaga do falecido Teori Zavascki.
A corte máxima virou um deprimente show de horrores.
O juiz Marcelo Bretas foi indicado numa lista de lobby da Ajufe (Associação dos Juízes do Brasil) porque prendeu o ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Outro magistrado, Sergio Moro, própria encarnação da Lava Jato, é questionado por desrespeitar a Constituição. Não pode largar o trabalho pela metade, ficaria muito feio.
Já o ministro do Tribunal Superior do Trabalho que dizem ser contra trabalhadores, mulheres e gays, por si só, inviabilizou-se.
Tem também o ministro “concurseiro” da Justiça, Alexandre Moraes, que nem consegue resolver os problemas no sistema prisional.
Se ninguém prender o papa, as chances do “concurseiro” virar ministro do STF serão mais que realistas.
Quando alguém reclamava ao velho Ulysses Guimarães sobre a qualidade do parlamento ele apenas dizia profético: “Se você acha esta legislatura ruim, espera a próxima, e a próxima, e a próxima…”.
A máxima do peemedebista que promulgou a Constituição Cidadã de 1988 serve como uma luva para o atual STF: “Espere o próximo ministro, o próximo, o próximo…”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.