O governo Beto Richa (PSDB) não tem um negro sequer no primeiro escalão, mas utilizou a data de Zumbi dos Palmares — 20 de novembro — para fazer uma demagogia.
O tucano dá uma de “politicamente correto” ao tempo que também alimenta a farra publicitária que, de acordo com a bancada da oposição na Assembleia, custará ao erário R$ 700 milhões este ano.
O politicamente correto negligencia o verdadeiro debate sobre a discriminação racial no país; também elimina políticas afirmativas de empoderamento da negritude.
No caso concreto, Richa nomeou “zero” negros no secretariado — embora eles [os negros] sejam 28% da população do Paraná.
Quando cobrado da ausência de negros no governo, o Palácio Iguaçu saca o nome de Edson Lau Filho que tem o título de secretário, no entanto, a Secretaria de Juventude não consta no organograma oficial do estado. Ele tem cargo símbolo DA-2, lotado na Casa Civil, equivalente a diretor de uma secretaria.
“O nome disso é racismo institucional e as consequências são graves. Chega de fingir que é normal. Racismo é crime!”, diz a propaganda do governo do Paraná, como se chovesse no molhado.
O diabo é que os negros continuam liderando o número de presos, de desempregados, de sem-escolas, de mortos pela polícia, enfim.
Um velho e surrado ditado marxista garante que a prática é o critério da verdade, logo…
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.