Estudantes reocuparam na noite deste domingo (6) o Colégio Estadual Presidente Abrahm Lincoln, no município de Colombo, região metropolitana de Curitiba.
A Grande Curitiba é considerada o “berço” da onda de ocupações contra a Medida Provisória que prevê a reforma do ensino médio (MP 746/16) e a Proposta de Emenda à Constituição que congela investimentos pelos próximos 20 anos (PEC 241/16 na Câmara dos Deputados e PEC 55/16 no Senado, onde chegou em outubro).
Segundo a UNE e a UBES, em todo o país são 170 universidades e 1,2 mil escolas da educação básica ocupadas na rede pública.
O Abrahm Lincoln havia sido desocupado antes das provas do ENEM, finalizadas ontem, mas voltou a ser ocupado porque o governo Michel Temer (PMDB) ainda não retirou as duas medidas — condições para cessar as ocupações. (Clique aqui para acompanhar pelo Facebook).
Na semana que passou, o governo do Paraná conseguiu na Justiça a reintegração de 25 escolas. Mas tendência é que o movimento de “reocupação” ganhe corpo nas próximas horas no estado.
Paralelamente, a Assembleia Legislativa do Paraná lavou as mãos ao cancelar uma audiência pública, sobre as ocupações, que a Câmara dos Deputados pretendia realizar hoje (7) em Curitiba.
O poder público equivoca-se ao tratar questões pertinentes à educação e à juventude como questão de polícia, criminalizando o movimento estudantil. Essa conduta dos governos — estaduais e federal — dão mais energia à mobilização dos estudantes e dos profissionais do magistério brasileiro. #FicaAdica
Assista ao comunicado da reocupação do Abrahm Lincoln, em Colombo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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