Richa perde o controle: 200 escolas ocupadas; impeachment ou renúncia como saídas políticas

richa_impeachment_renunciaO governador do Paraná Beto Richa (PSDB) perdeu o controle da situação e o número de escolas ocupadas na rede pública do estado subiu para 200 na tarde desta terça-feira (11). Na frente política, diante da ingovernabilidade, já se fala em impeachment ou renúncia do tucano.

Para agravar a crise política cujos focos são a educação e os serviços públicos, as universidades também foram tomadas. Alunos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Marechal Cândido Rondon, ocupam a instituição desde a manhã de hoje em apoio aos professores do ensino superior, que levaram calote, e estudantes secundaristas que lutam contra a reforma do ensino médio (MP 746).

Mas o quadro tende a piorar ainda mais para o governador do PSDB, pois amanhã (12) trabalhadores da educação básica do estado deverão iniciar greve por tempo indeterminado. A APP-Sindicato realizará assembleia da categoria às 8h30 para deflagrar o movimento a partir de segunda-feira, dia 17.

Outras categorias do funcionalismo público também vão cruzar os braços entre esta e a semana que vem. São delegados de polícia, agentes penitenciários, agrônomos, engenheiros, enfim, trabalhadores lotados nas secretarias.

A bronca dos servidores públicos com o tucano tem a ver com revogação da lei 18.493, que suspende a reposição da inflação deste ano na data-base em janeiro de 2017. Esse dispositivo legal foi acordado entre eles, o Palácio Iguaçu e os deputados da base governista na Assembleia, em 2015, para pôr fim à greve de 45 dias. Agora, Richa roeu a corda e quer congelar os vencimentos do funcionalismo a exemplo de Michel Temer (PMDB).

Resumo da ópera: o Paraná está ingovernável, sem governo; o impeachment virá a calhar bem na conjuntura atual; outra saída, menos traumática para os paranaenses, seria a renúncia de Richa.

Economia

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