Parlamentares articulam ‘CPI do MBL’ na Assembleia Legislativa do Paraná e no Congresso Nacional

richa_mbl_anaA Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade representativa de mais de 4 milhões de trabalhadores em educação das escolas públicas do país, em nota à imprensa, denunciou neste sábado (29) o grupo ultradireitista denominado Movimento Brasil Livre (MBL) por agressões e violência contra estudantes com ocupam escolas no Paraná.

Além disso, juntamente com 50 sindicatos do magistério, dentre os quais a APP-Sindicato, o documento acusa do governador Beto Richa (PSDB) e o presidente Michel Temer (PMDB) de omissão quando os agentes públicos deveriam coibir “ataques covardes e fora da lei do MBL” contra adolescentes.

Em virtude desta denúncia da CNTE, deputados estaduais já articulam na Assembleia Legislativa do Paraná a instalação de uma Comissão Parlamentar de inquérito para investigar os atos criminosos e fascistas do MBL.

O Congresso Nacional igualmente planeja abrir esse debate sobre a CPI na semana que vem, pois, nesta segunda-feira (31), a estudante Ana Júlia, de 16 anos, denunciará em Brasília as arbitrariedades contra as ocupações e defenderá a legitimidade das mesmas na luta pela educação de qualidade.

Abaixo, leia a íntegra da nota à imprensa emitida pela CNTE:

NOTA À IMPRENSA PARANAENSE E NACIONAL

Economia

Em razão dos atos violentos e fascistas praticados por grupos de ultradireita contra estudantes que ocupam as escolas públicas no estado do Paraná, com destaque para o agrupamento denominado Movimento Brasil Livre (MBL), a CNTE e seus 50 sindicatos filiados de todo país denunciam a omissão dos agentes públicos encarregados em coibir a violência no Paraná, ao mesmo tempo em que requerem da imprensa local e nacional a devida cobertura dos fatos deploráveis envolvendo militantes do MBL e de outros grupos extremistas nas escolas paranaenses.

Independentemente de quaisquer posições ideológicas, fato é que os estudantes das escolas públicas do Paraná se mobilizam pacificamente contra as medidas governamentais que consideram afetar a qualidade da educação pública – a exemplo da reforma do ensino médio e da PEC 241, que limitará os investimentos públicos em educação – e os grupos extremistas praticam crimes contra a honra e a integridade física dos estudantes, além de instigarem a violência, o preconceito e a barbárie na sociedade.

Os ataques covardes e fora da lei do MBL e de outros agrupamentos congêneres já danificaram as instalações em muitas escolas públicas e feriram estudantes. E não estão longe de provocar consequências ainda mais graves!

Neste sentido, requeremos da imprensa paranaense e nacional a devida cobertura dos atos insanos praticados pelo MBL e associados nas escolas públicas do Paraná, identificando os agressores e cobrando a devida punição às práticas criminosas.

Não se pode tentar calar vozes pacíficas, que lutam por direitos legítimos, através da violência. O regime ditatorial ainda não foi instalado no país, embora o MBL clame por isso.

Respeitemos nossos estudantes e a sociedade contra atos de selvageria e de desrespeito à democracia.

Pela cobertura midiática ampla e isenta das ocupações nas escolas do Paraná!

Pela identificação dos agressores de grupos que agem como paramilitares contra os estudantes das escolas públicas!

Pela ação dos órgãos de Estado para evitar a barbárie do MBL e de outros grupos extremistas nas escolas e pela punição dos crimes cometidos por seus integrantes!

Brasília, 29 de outubro de 2016
Diretoria Executiva da CNTE

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