Índios, professores, estudantes e polícia pedem “Fora Beto Richa” e “Fora Temer” no Paraná

temer_fora_richaO governador Beto Richa (PSDB) e o presidente Michel Temer (PMDB) não andam muito populares no Paraná. Índios, professores, estudantes e polícia civil pedem abertamente “Fora Richa” e “Fora Temer” — contra o desmonte dos serviços públicos e retirada de direitos.

Cerca de 50% das escolas da rede pública aderiram ao primeiro dia de greve geral dos educadores, segundo informações da APP-Sindicato. Outros 500 estabelecidos, algo como 25% do total, estão ocupados pelos estudantes. Ou seja, 75% das 2,1 mil escolas estão paralisadas em todo o estado.

Há uma pluralidade de reivindicações. Os servidores públicos são contra o calote na data-base, pois o governo Richa pretende revogar a lei que estabeleceu janeiro de 2017 como data para a reposição da inflação deste ano. Além disso, 200 mil funcionários públicos cobram avanços e progressões em atraso.

Richa, por sua vez, diz que não tem dinheiro para honrar os compromissos. No entanto, “bondoso”, de acordo com a APP, “está oferendo aos servidores o pagamento em dia dos salários e do 13º salário” — o que evidentemente já é lei.

A pauta dos educadores também é a pauta dos indígenas, que ocuparam na manhã desta segunda (17) o Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Educação no município de Pato Branco, no Sudoeste. Na mesma região, em Laranjeiras do Sul, os estudantes também ocuparam o NRE da SEED.

Os estudantes querem a retirada da PEC 241 (congelamento de investimentos por incríveis 20 anos) e da MP 746 (reforma do ensino médio). Eles também pedem agilidade na punição dos culpados pelo desvio de R$ 50 milhões, por autoridades do governo Richa, que usaram o dinheiro para suas campanhas eleitorais, conforme investigação da Operação Quadro Negro.

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Os manifestantes são plurais, mas são coesos ao gritar “Fora Temer” e “Fora Beto Richa”.

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