O governador Beto Richa (PSDB) vê aumentando a adesão à greve nos serviços públicos do Paraná. No terceiro dia de paralisação, 100% dos policiais civis e 70% dos educadores — a maior categoria no funcionalismo — lideram o movimento que ainda espera a deflagração na sexta (21) dos funcionários do judiciário.
Na tarde desta quarta (19), a partir das 13 horas, no Centro Cívico, em Curitiba, os grevistas realizam um ato político em frente ao Palácio Iguaçu contra o calote do governador que quer revogar lei da data-base aprovada pela Assembleia Legislativa, fruto de acordo que pôs fim à greve de 44 dias no ano passado.
Além dos servidores da Educação e da Polícia Civil, que consome o governo do estado, a ocupação de 750 escolas da rede pública pelos estudantes vem deixando Richa e puxas-sacos palacianos com os nervos à flor da pele. O movimento espera completar até o fim desta semana mil estabelecimentos ocupados e, com isso, a área educacional ficará 100% paralisada.
Richa perdeu completamente a capacidade de governar o Paraná, pois não é só policiais, professores, estudantes e servidores do judiciário que protestam contra sua fracassada gestão. Até os indígenas se pintaram para a guerra contra o tucano que, segundo eles, é o exterminador do futuro de todos os povos paranaenses.
Evidentemente que o governo golpista Michel Temer (PMDB) também leva uns bons petelecos no Paraná. Os manifestantes – principalmente os estudantes que ocupam quase a metade de todas as escolas da rede pública no estado — exigem a retirada da MP 746 (reforma do ensino médio) e da PEC 241 (congelamento dos investimentos por 20 anos).
Ou seja, o impasse continua…
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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