O deputado João Arruda (PMDB) saiu em defesa do também deputado Aliel Machado (REDE), candidato à Prefeitura de Ponta Grossa, que foi atacado neste sábado (8) com panfletos apócrifos. O parlamentar peemedebista requereu abertura de inquérito na Polícia Federal contra o prefeito e candidato à reeleição Marcelo Rangel (PPS).
Segundo Arruda, Rangel, sabendo que vai perder a eleição, partiu para a baixaria contra o adversário. “Numa disputa pode tudo, menos deslealdade. A distribuição de panfleto apócrifo é uma baixaria desnecessária, pois, por que o prefeito tem medo de dizer e recorre à covardia do anonimato?”, questionou o deputado PMDB, partido que integra a coligação de Aliel.
O deputado disse que pediu inquérito na PF e busca e apreensão do material apócrifo nos comitês de Rangel. “Nós vamos requerer, também, a cassação do candidato da baixaria. Ponta Grossa não merece esse tipo de política suja”, emendou Arruda.
Além de apreender o material do candidato do PPS, o deputado João Arruda informou que acionará a Polícia Federal e o TRE para que investiguem integrantes da “Tenda Digital” — grupo formado por funcionários contratados com cargo comissionados — para denigrir os adversários do prefeito pontagrossense.
“É o mesmo expediente utilizado pelo governador Beto Richa (PSDB), aliado de Rangel, que na reeleição usou a ‘Tenda Digital’, funcionários públicos, para atacar adversários apostando na ‘impunidade’ do anonimato”, criticou.
O governador tucano coordena a campanha de Rangel, bem como disponibiliza seu pessoal de campanha para o amigo prefeito.
Para Arruda, o candidato parte para a baixaria, deslealdade e para o jogo sujo porque não tem propostas sérias para debater com a cidade de Ponta Grossa. “É o desespero do perdedor que acomete a campanha do prefeito Marcelo Rangel. Perde de Aliel no debate, por isso adota a baixaria como estratégia eleitoral. Vai perder nas urnas porque o povo não é bobo e está vendo”.
“O prefeito Rangel, ao invés de ficar distribuindo panfleto anônimo contra Aliel, deveria explicar o envolvimento de seu principal apoiador – o governador Beto Richa e outros políticos da cidade – no desvio de recursos que eram destinados para construir a Escola Estadual Francisco Pires Machado, no bairro Cará-Cará”, cobrou João Arruda.
Como o Blog do Esmael anotou, há quase um mês, a Operação Quadro Negro, que investiga desvio de R$ 50 milhões da educação do Paraná foi para a 1ª instância da Justiça Federal do Paraná. Em virtude disso, o desvio de R$ 4,7 milhões da Escola Estadual Francisco Pires Machado, que estava prevista para ser concluída em novembro de 2014, tem grandes chances de cair nas mãos do juiz federal Sérgio Moro – assim que concluir a Lava Jato.
“O prefeito Marcelo Rangel tinha a obrigação de cobrar e fiscalizar a construção da escola no município. Não o fez. No mínimo foi omisso para com seu apoiador, Beto Richa, que, segundo as investigações do Ministério Público, usou o dinheiro que era destinado para a construção do estabelecimento de ensino na sua campanha pela reeleição”, completou João Arruda.
Ironicamente, o panfleto apócrifo contra Aliel era justamente sobre “educação” — quesito que Rangel e Richa levam zero.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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