Desumano, Moro prende no hospital o ex-ministro Mantega

moro_mantegaO juiz federal Sérgio Moro determinou a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, nesta quinta (22), na 34ª fase da Operação Lava Jato.

A Operação Arquivo X da Polícia Federal é uma alusão às empresas de Eike Batista, contratadas para a construção de duas plataformas (P-67 e P-70) para a exploração de petróleo na camada pré-sal. No entanto, o lobista não foi preso.

Desumano, o juiz mandou a PF prender Mantega no Hospital Albert Einstein. Ele acompanhava sua mulher que passa por tratamento médico.

Não foi a primeira vez que o Moro abusa do poder. Em março deste ano, o magistrado confiscou a casa da mãe do ex-ministro José Dirceu, uma senhora de 96 anos de idade.

Quanto à prisão do ex-ministro, ele foi acusado pelo lobista Eike Batista de receber pagamento de R$ 5 milhões ao PT, em novembro de 2012, cujo pagamento teria sido feito em conta no exterior.

Trata-se de um espetáculo midiático às vésperas das eleições municipais cujo objetivo é influenciar no resultado das urnas.

Economia

Portanto, mais um preso político da Lava Jato.

Mantega é desenvolvimentista e responsável pelo crescimento econômico do país durante as duas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Foi o ministro do pleno emprego.

“Coincidentemente”, a prisão do ex-ministro ocorre no dia que as centrais sindicais vão às ruas contra do desemprego e a retirada de direitos pelo ilegítimo Michel Temer (PMDB).

Abaixo, as informações da Agência do Brasil:

Polícia Federal cumpre mandados judiciais na 34ª fase da Lava Jato

A Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal, deflagrou na manhã de hoje (19) a 34ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Arquivo X. As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para delegacia, preste depoimento e, em seguida, é liberada.

Nesta fase da Lava Jato são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P-70) para a exploração de petróleo na camada pré-sal.

“Utilizando-se de expedientes já revelados no bojo da Operação Lava Jato, fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas muito embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para tanto”, diz a nota da PF.

Corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Segundo a polícia, durante as investigações verificou-se ainda que, no ano de 2012, um ex-ministro da Fazenda teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido. “São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro”.

Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo mandados judiciais em cidades nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, da Bahia e no Distrito Federal.

O nome Arquivo X dado à operação é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial.

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