Chamou a atenção do mundo político a pressa do interino Michel Temer (PMDB) e do ministro do STF Gilmar Mendes, que preside o TSE, para votar o golpe no Senado.
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a pressa de Temer tem a ver com o medo da delação premiada que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prepara.
A corrida contra o relógio também tem relação com a cassação do mandato de Cunha.
A conta é simples: se o ex-presidente da Câmara for defenestrado antes, ele dá com a língua nos dentes e põe a perder o impeachment de Dilma Rousseff.
Os golpistas pressionam no Senado e são pressionados na Câmara.
O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, afirma que os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Supremo, Ricardo Lewandowski, foram “enquadrados” pela dupla Gilmar/Temer para acelerar o golpe.
Temer e Gilmar tramaram a antecipação da votação do golpe durante um churrasco na segunda-feira (1º).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.