Requião Filho: Uma tragédia chamada Richa

requiao_professores_richaO deputado Requião Filho (PMDB), em sua coluna desta quinta (7), faz um paralelo entre ficção e realidade para denunciar a tragédia chamada Beto Richa (PSDB) no Paraná. Abaixo, leia, ouça, comente e compartilhe a íntegra do texto:

Download do áudio

O povo vira pato e cai no conto da carochinha

Requião Filho*

Paranaenses, preparem-se! Está aberta a temporada da propaganda política nos jornais, rádio e TV. Acomodem-se em suas poltronas, porque a mesma novela já vai começar. O remake da história só trará alguns novos atores, mas o enredo será o mesmo.

Em cena, os problemas de sempre. Aumento de impostos, de arrecadação, um “coronel” vilão, que agora resolve manipular além de seus aliados, o empresariado paranaense. O público fica estarrecido, pois percebe que o antagonista, mesmo cheio de pompa, tem como resultado de seus atos o sofrimento do povo. É incapaz de fazer uma gestão decente, e deseja que qualquer outro pague a conta, desde que não seja ele.

Economia

Eis que surge o capataz e, através dele, a nova ordem é avançar na dominação dos rendimentos do trabalhador do Estado. O plano dá conta de sacrificar a todos, para cobrir o rombo de suas peripécias financeiras.

“Trabalhador não merece reajuste! Trabalhador não merece progressão e promoção”, repete o coronel, como um mantra, diariamente.

Em meio a este cenário, todos os feudos geridos pelo coronel, tentam superar a crise, e sofrem com a desvalorização e o sucateamento da administração, como em efeito cascata.

As famílias que vivem sobre este regime de opressão, não conseguem manter seus empregos e ainda precisam superar o medo de uma terra tomada pelo tráfico e pela criminalidade. Bandidos e justiceiros estão à solta, levando o pânico e instalando a insegurança geral na população.

Aliás, já faz tempo que pelo feudo se questiona: “Onde está o coronel?” Na tentativa desesperada para diminuir o caos, a população tira dinheiro do próprio bolso para pagar e manter minimamente os veículos de segurança em atividade.

Um campo de batalha é formado. Tropas de choque avançam sobre a população. É dia 29 de abril. Após um longo massacre, o coronel negocia e promete reajustar salários, conferir progressões e promoções. Todos acreditaram. Mas, ao invés de economizar em propagandas e privilégios, o coronel seguiu esbanjando o dinheiro do povo.

Um ano se passou e além de não se cumprir o acordado, chamou representantes de nobres castas e amedrontou-os com novos impostos.

Moral da história: promessa de coronel, não se escreve. E o povo novamente paga o pato.

Fim do episódio desliga-se o rádio e voltamos para o mundo real.

Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência.

*Requião Filho é advogado, deputado estadual pelo PMDB e líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, especialista em políticas públicas.

Comments are closed.