Não chamem o interino Michel Temer (PMDB) para decidir algo relevante. Principalmente quando o assunto pode desagradar um peixe graúdo. Vide o caso de Itaipu Binacional, onde o ex-deputado Abelardo Lupion (DEM) e o empresário Rodrigo Rocha Loures (PMDB) se digladiam pelo cargo.
Temer só não teme “propostas impopulares” para os mais pobres, isto é, retira direitos daqueles que realmente necessitam do Estado; diante dos mais ricos ele treme, pois oferece as benesses que só o Estado patrimonialista pode oferecer.
Dito isto, o governo do golpe subiu no muro porque não quer desagradar o governador Beto Richa (PSDB), que somou ao DEM para indicar Lupion. O tucano “furou o olho” de seu ex-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), que também queria a direção geral de Itaipu.
Após o impeachment, se o Senado confirmar o afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff, o interino promete resolver a parada na tríplice fronteira. Aí, pode apostar, prevalecerá o nome de Rocha Loures.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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