Delegados da Operação Lava Jato, da PF, foram substituídos abruptamente. Tal mudança brusca ocorreu alguns dias depois da visita do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, ao juiz federal Sérgio Moro.
A informação inicial da PF as trocas na Lava Jato teriam como objetivo ‘oxigenar o grupo, dando a ele um novo fôlego’.
O suposto desmanche da Lava Jato também coincide com boatos de superdelação contra juízes e ministros do Supremo e do STJ.
Em nota, a Polícia Federal jura que tudo continua como dantes e nega que haja pressão externa pelo fim da Lava Jato.
Confira a íntegra da nota:
“Considerando algumas matérias veiculadas recentemente na mídia nacional e o compromisso com a total transparência de todos os procedimentos relacionados à chamada Operação Lava Jato, a Polícia Federal vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
Esclarecemos que em momento algum a equipe de investigação sofreu qualquer tipo de pressão interna ou externa pela substituição desse ou daquele delegado.
De fato dois delegados estão deixando a equipe de investigação da Operação Lava Jato, mas não é verídica a informação de que a equipe dessa força tarefa esteja passando por um “desmanche”.
A PF substitui dois delegados que estavam em missão em Curitiba/PR – Eduardo Mauat da Silva (lotado no Estado do Rio Grande do Sul) e Duílio Mocelin Cardoso (lotado no Estado de Rondônia) – a quem agradece pelo trabalho realizado.
As autoridades acima serão substituídas pelos delegados Rodrigo Sanfurgo, ex-chefe da Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo, Luciano Menin, que já integrou a equipe Lava Jato em um passado recente, e Roberto Biazolli, autoridade com experiência em investigações internacionais, por ter trabalhado no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI). Quanto ao Delegado Luciano Flores de Lima, sua saída ocorreu a pedido do servidor e é temporária, devendo reintegrar a equipe logo após o término de sua missão junto à Coordenação de Grandes Eventos em Brasília, durante o período dos Jogos Olímpicos 2016.
Essas mudanças são opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, Administração Regional e Direção Geral da Polícia Federal, visando oxigenar o grupo, dando a ele um novo folego, para que os trabalhos continuem buscando cada vez mais sua superação.
Por fim, para que a sociedade se tranqüilize, tenham certeza de que a Operação Lava Jato não sofrerá qualquer prejuízo em seus trabalhos investigativos e operacionais e, também tenham a idéia de nossa preocupação, a carga principal de inquéritos que estava com o delegado Eduardo Mauat da Silva foi entregue ao delegado Márcio Adriano Anselmo, conhecido por seu inquestionável trabalho junto a Lava Jato e originariamente o responsável por essas investigações”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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