O que o interino Michel Temer (PMDB) diz não se escreve. Na segunda-feira (6) ele disse que só nomearia pessoas com perfis técnicos para cargos em empresas e estatais. Hoje, três dias depois da declaração, o golpista fez o presidente nacional em exercício do PSD, Guilherme Campos, presidente dos Correios. No Paraná, o novo superintende da empresa para a região Sul deverá ser o sindicalista Paulo Rossi, membro do PSD e presidente da UGT — União Geral dos Trabalhadores.
O governo provisório não é sério nem deve ser levado a sério, portanto.
Temer diz uma coisa, mas faz outra. Vide o caso dos ministros investigados por crimes ou enrolados na Lava Jato. O interino afirma que não empatará a força-tarefa do juiz federal Sérgio Moro, mas seus movimentos são no sentido de inviabilizar a operação sediada em Curitiba.
Michel Temer é um golpista nato, pois, dias antes da votação, dizia ser contra o impeachment. Agora não só senta na cadeira de Dilma Rousseff como corta alimentação, voos e “esvazia os pneus da bike” da presidente eleita, segundo o humorista José Simão.
O golpista Michel Temer diz uma coisa, mas faz outra diferente. Por isso esses vaivéns e recuos sem-fim.
A lista de recuos do interino é enorme: extinção do Ministério da Cultura, demissão de ministros, diminuição do SUS, cobrança de mensalidade nas universidades públicas, dentre outras barbariedades.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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