Ao vivo: Temer sofre derrota na comissão do impeachment no Senado

O Senado aprovou nesta segunda-feira (6) o rito da votação do impeachment de Dilma Rousseff. O presidente golpista Michel Temer (PMDB) sofreu uma derrota na abertura do colegiado, pois o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão, rejeitou a tese de aceleramento para o afastamento definitivo da presidente eleita.

Com a decisão da comissão, o rito do impeachment foi mantido tal qual o processo de 1992 que afastou o ex-presidente Collor de Mello.

Na tarde de hoje, o ministro Ricardo Lewandowski, que agora dirige o processo de impeachment, negou recurso ao PT que pedia suspensão da reunião.

Uma questão de ordem da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), na semana passada, pediu a antecipação da votação do impeachment de 2 de agosto para 13 de julho. A parlamentar não quis recorrer da decisão de Lira.

A Constituição prevê 180 dias para o impeachment, ou seja, o prazo de votação pode ocorrer até o início de novembro.

Economia

Os golpistas correm contra o tempo para assegurar a farsa chamada Temer. Quanto mais o tempo passa, mais insustentável fica o governo provisório.

A comissão aprovou nesta tarde o cronograma de trabalho:

– De 6 de junho a 17 de junho
Oitiva de testemunhas, esclarecimentos de peritos, juntada de documentos;

– 20 de junho
Interrogatório da presidente ou de sua defesa;

– De 21 de junho a 5 de julho
Alegações por escrito dos autores da denúncia: os juristas Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo;

– De 6 de julho a 21 de julho
Alegações escritas da defesa da denunciada;

– 25 de julho
Leitura do relatório sobre a procedência ou não da denúncia na comissão;

– 26 de julho
Discussão do relatório na comissão;

– 27 de julho
Votação do relatório na comissão;

– 28 de julho
Leitura do parecer no plenário; e

– 1º e 2 de agosto
Discussão e votação do parecer em plenário.

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