Os servidores públicos em geral, e os educadores públicos em específico, apelidaram de “Lei Rossoni” a lei 182/2016, que visa destruir a estrutura sindical e suspender o desconto sindical em folha.
Segundo lideranças sindicais, a medida que ataca os direitos dos servidores e do magistério foi arquitetada pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), remanescente do governo Jaime Lerner, que em 1999 adotou semelhante tática para enfraquecer a luta do funcionalismo público.
Os deputados estaduais, escaldados, temem entrar novamente num camburão tal qual ocorreu na véspera do massacre de 29 de abril de 2015 com o objetivo de assegurar, para o governo Beto Richa (PSDB), o confisco da poupança previdência de R$ 8 bi que pertencia aos servidores.
Entretanto, parlamentares governistas, da bancada do camburão, avaliam dificuldade para Beto Richa (PSDB) aprovar a “Lei Rossoni” na Assembleia Legislativa. Abaixo, eles apontam os motivos:
1- os servidores e os educadores estão mobilizados em todos os 399 municípios, logo contrariá-los em ano de eleição para prefeito não seria uma boa ideia;
2- o nome do projeto de vingança do governador – “Lei Rossoni” –tem vício de origem, ou seja, próprio o chefe da Casa Civil, Rossoni, que não tem popularidade alguma na Assembleia; e
3- se votarem obedecendo cegamente Rossoni, contra os professores, calculam os deputados, terão o “mesmo” destino dos sem-terra de Quedas do Iguaçu – o rabecão da política.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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