Ah, se o povo soubesse como são feitas as linguiças e como Michel Temer formou o ministério do golpe…

temer_cunhaHá um ditado segundo o qual ninguém comeria linguiça se soubesse como ela é feita. A frase, com certa variação, é atribuída a Otto Von Bismark*, que unificou o império germânico no século XIX.

Agora, imagina se o povo descobrisse como o presidente interino Michel Temer (PMDB) formou seu “novo” ministério na última, quinta-feira 12, no pós-golpe de Estado…

Segundo representação do deputado Paulo Pimenta (PT-PR), à Procuradoria-Geral da República, além das nomeações de ministros com ações criminais na Lava Jato e em outros processos, tem o pagamento de “faturas políticas” geradas pelo golpe de Estado.

A nomeação do desconhecido deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), pastor no pequeno município de Carazinho, para o Ministério do Trabalho, seria a “paga” de Temer ao ministro Carlos Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, que viu seu irmão suplente de deputado — Cajar Nardes (PR-RS) – assumindo a vaga na Câmara.

Quem também passou dar as cartas no Palácio do Planalto, mesmo afastado, é o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele indicou o seu advogado, Gustavo Rocha, para o cargo de Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República. É por ele que passa todas as nomeações da República.

Nunca é demais lembrar que Cunha é réu na Lava Jato e foi afastado por atrapalhar as investigações.

Economia

Para deputado Pimenta, é necessário a PGR investigar “aparência de cumprimento de acordo político” nas nomeações de Temer. Com a palavra o procurador-geral Rodrigo Janot.

*Otto Von Bismark teria dito: “Leis são como salsichas. É melhor não ver como elas são feitas.”

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