Agora está explicado o fim do SUS: dono de plano de saúde foi maior doador do ministro da Saúde

do Brasil 247

barros_elonAgora começa fazer sentido o inesperado ataque do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, ao Sistema Único de Saúde — o maior plano de saúde público e gratuito do mundo. O empresário Elon Gomes de Almeida, sócio do Grupo Aliança, que vende contratação coletiva de planos de assistência médica e odontológica, foi o maior doador na campanha de eleição de Barros, em 2014. Será que o ministro faz parte do lobby da picaretagem dos planos de saúde privados? Será que o governo ditatorial de Michel Temer colocou o cabrito para cuidar da horta? Com a palavra o Dr. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República.

Dono de plano de saúde foi o maior doador do ministro da saúde

O maior doador individual da campanha de 2014 para deputado federal de Ricardo Barros, ministro interino da Saúde do governo Michel Temer, foi Elon Gomes de Almeida. Elon é sócio do Grupo Aliança, administradora de benefícios de saúde, e disponibilizou R$ 100 mil para a campanha de Barros.

Com registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Aliança Administradora de Benefícios de Saúde se propõe a oferecer a contratação coletiva de planos de assistência médica e odontológica para empresas privadas; associações civis; conselhos; cooperativas; sindicatos e outras entidades de classe representativas da sociedade civil.

Além de ajudar a eleger Ricardo Barros, Elon doou R$ 600 mil para a campanha de Vital do Rêgo (PMDB), candidato derrotado ao governo da Paraíba, R$ 200 mil para o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), que foi eleito, e R$ 100 mil para Eliana Calmon (PSB), que se candidatou ao Senado na Bahia, mas não conseguiu se eleger.

Economia

Em entrevista nesta terça-feira, 17, na Folha de S. Paulo, o ministro Ricardo Barros defendeu rever o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS). “Vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las”, afirmou, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’. Ele sugere a existência de fraudes no uso do cartão e no acesso a remédios.

Antes, ele já havia criticado o Mais Médicos e dito que a pílula do câncer poderia ser aprovada mesmo sem comprovação científica, em razão do “efeito placebo”.

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