Richa, Ducci e Fruet endividaram a cidade de Curitiba

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As dívidas da prefeitura de Curitiba que não param de crescer vistas por quem acompanha e fiscaliza a administração da capital de perto, da Câmara de Vereadores. São mais de 300 cargos comissionados pendurados na secretaria de governo da atual gestão municipal. Leia e ouça essa história em detalhes na coluna de Jorge Bernardi (REDE), abaixo

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Richa, Ducci e Fruet endividaram Curitiba

Jorge Bernardi*

Curitiba já foi considerada a cidade modelo da América, uma das três melhores do mundo para se viver; mas, nos últimos anos, graças as infelizes administrações municipais, vive das glorias do passado, endividada quase falindo. Acumulava, em dezembro de 2015, uma dívida flutuante, de curto prazo, de R$ 750 milhões de reais e deve terminar 2016 em mais de 1 bilhão de reais.

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Desde 2014 Curitiba não tem a Certidão Liberatória do Tribunal de Contas. Com isto o município não pode receber transferências voluntárias do Estado e da União. Significa que a Prefeitura está inadimplente, encontra-se no Seproc dos municípios. Não pode receber verbas federais e estaduais, como emendas parlamentares ou convênios a fundo perdido para construção de escolas, creches, postos de saúde, hospitais e etc.

E que é a dívida flutuante? É aquela que corresponde aos atrasos nos pagamentos aos fornecedores, prestadores de serviço, ou seja, o dia a dia da administração municipal. A gestão anterior Richa/Ducci também é responsável, por este endividamento, pois deixou uma dívida flutuante de mais de R$ 570 milhões que foi consolidada e está sendo paga em 36 vezes pelo município.

Mas a atual administração Fruet continuou cometendo os mesmos erros da administração anterior. E outra coisa não fez a não ser criar novas dívidas que deverão ser pagas na próxima gestão.

Alguns pontos são causas do total desarranjo das contas públicas do município como os 34 órgãos de primeiro escalão. E como gerir uma estrutura tão grande e pesada como esta? Só cortando pela metade as secretárias e órgãos da administração indireta o Curitiba poderá economizar até R$ 100 milhões em quatro anos.

Mas, o mais vergonhoso, são os 307 cargos comissionados que existem na Secretaria de Governo, com remuneração de R$ 3 a 10 mil reais por mês. Custo anual de mais de 40 milhões de reais. Estes cargos não estão na estrutura da administração, são utilizados politicamente para beneficiar vereadores, deputados e apaniguados do governo municipal. Se forem extintos não farão falta nenhuma.

Para voltar ao que foi no passado, uma cidade inspiradora, inteligente, moderna e sustentável, Curitiba precisa urgente sair do vermelho, cortar gastos e voltar a investir na criatividade. A gestão municipal deve ser zelosa, como um síndico responsável e prudente, que economiza cada centavo do condomínio, só investe depois de arrecadar e sempre gasta menos do que tem em caixa. Esta é a receita.

*Jorge Bernardi, vereador de Curitiba (REDE), é advogado e jornalista. Mestre e doutorando em gestão urbana, ele escreve aos sábados no Blog do Esmael.

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