O golpista Michel Temer (PMDB), o nosso contemporâneo Joaquim Silvério dos Reis, tem dificuldades para constituir um ministério que lhe dê sustentação política. O PSDB já disse não à ocupação de cargos em um eventual governo golpista.
Sem o PMDB, como sói acontecer, dificilmente há governabilidade no país. Mas, na atual conjuntura, a recíproca é verdadeira: sem PT e PSDB também não se governa o Brasil.
Os tucanos rejeitam participar da “junta golpista” de Temer não por questões morais e éticas ou por zelo à democracia. Pelo contrário. Eles acham que o governo do peemedebista seria provisório — uma pinguela para o futuro — feito mesmo para cair num curtíssimo prazo.
O PSDB deverá levantar bandeira pela eleição direta, pois quer tentar a sorte nas urnas ainda este ano.
Portanto, não estranhe o caro leitor se vir PT e PSDB se somarem, no Congresso, na luta pelo sufrágio direito no mês de outubro.
Antes, porém, no Senado, entre 12 e 17 de maio, haverá a mãe de todas as batalhas que definirá pelo afastamento ou não da presidente Dilma Rousseff.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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