Em eleição indireta, a Câmara “escolheu” neste domingo (17) Michel Temer, novo presidente da República, e Eduardo Cunha, como vice.
Os deputados aprovaram esta noite a instauração do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Antes, porém, a decisão da Câmara será remetida ao Senado.
Os senadores formarão uma comissão especial com 42 integrantes. Produzirão um relatório para ser apreciado em plenário.
Caso o Senado decida pela instauração do processo, a presidente é intimada e afastada do cargo. Ela terá 10 dias para sua defesa.
A Presidência da República fica nas mãos de Temer e a Vice cai no colo de Cunha.
Aí, os senadores têm entre 160 e 180 dias regimentais para julgar Dilma. (Ela também pode ser absolvida a exemplo de Bill Clinton nos EUA).
Devido aos recessos regimentais, o processo será concluído no mês de outubro.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) comentou a aprovação da admissibilidade do impeachment: “Não se trata de ‘crime de responsabilidade’; apenas ‘recall’ de apoio parlamentar”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.