Fachin votou com Cunha, pelo impeachment de Dilma

Ministro Luiz Edson Fachin, do STF, obrigou em novembro votação aberta acerca da prisão do senador Delcídio do Amaral, mas, na Câmara, manteve hoje a tese de Eduardo Cunha e da oposição, de votação secreta na comissão do impeachment de Dilma; magistrado recebe elogios da velha mídia.
Ministro Luiz Edson Fachin, do STF, obrigou em novembro votação aberta acerca da prisão do senador Delcídio do Amaral, mas, na Câmara, manteve hoje a tese de Eduardo Cunha e da oposição, de votação secreta na comissão do impeachment de Dilma; magistrado recebe elogios da velha mídia.

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (16), manteve a votação secreta de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Câmara, que criou a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

O magistrado argumentou que “não há ofensa à Constituição no fato de regimento da Câmara propiciar votação secreta”, mas ressaltou que a decisão da comissão especial deverá ter votação aberta no plenário.

Em 25 de novembro, o mesmo Fachin mandou que o Senado realizasse votação aberta acerca da continuidade ou não da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), então líder do governo, acusado de atrapalhar investigações da Lava Jato.

Fachin foi indicado pelo STF graças ao empenho dos senadores paranaenses Alvaro Dias (PSDB) e Roberto Requião (PMDB). Coube a Dilma apresentar o nome do novo ministro ao Senado.

Depois de nomeado para o cargo, o ministro foi sorteado para julgar o caso do conselheiro Maurício Requião, irmão do senador Requião, que foi afastado em 2008 do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE). Fachin se declarou impedido.

O diabo é que se o ministro se declara impedido de julgar questões que envolvem “amigos”, também deveria fazê-lo nas matérias que envolvem “inimigos”. Por questão de coerência, o ministro Fachin não poderia votar nem favorável nem contra – muito pelo contrário — em todas as demandas que cheguem às suas mãos no STF.

Economia

A impressão que fica é que o ministro Edson Fachin se esforça para provar à burguesia que não é vermelho. Quer esconder o passado. Parece até que foi cooptado pela velha mídia e pela desgraça da vaidade, aquela puta velha que se traduz em homenagens e títulos em castelos onde se tramam os golpes.

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