Coluna do Jorge Bernardi: A Boca Maldita, Fachin, Moro e o ‘Japonês’ da Polícia Federal

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Em sua coluna semanal, o vereador Jorge Bernardi (REDE) fala da “fama” dos paranaenses no cenário político, jurídico e policial. Superando a ” autofagia paranaense”, o ministro do STF Luiz Edson Fachin, o juíz federal Sergio Moro, e o agente da Polícia Federal Newton Ishii são celebridades locais. Leia, ouça, comente e compartilhe.

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Jorge Bernardi*

O que há em comum entre a Boca Maldita, o ministro do STF Edson Fachin, o juiz Sérgio Moro e o Japonês da Federal? Em tempos de operações Lava Jato, Publicano, Voldemort, Zelotes, Impeachment, processo de cassação do Presidente da Câmara, estes temas fervilham na Boca Maldita de Curitiba, e Fachin, Moro, o Japonês da Polícia Federal, são personagens constantes nas rodas de conversa que lá se formam diariamente.

“Nada vejo, nada ouço e nada falo”, este é o lema dos Cavalheiros da Boca Maldita, uma confraria masculina irreverente que existe em Curitiba há 59 anos, e que se reúne, apenas uma vez ao ano, num jantar, no dia 13 de dezembro, onde mulher não entra.

A “Boca Maldita” física é um espaço público que fica na avenida Luiz Xavier, no centro de Curitiba, entre cafés e bancas de jornal, onde se reúnem jornalistas, políticos, empresários, artistas, profissionais liberais, aposentados e cidadãos comuns, para conversar, jogar palito, tomar cafezinho, engraxar sapato e, comentar fatos políticos e sociais.

No jantar da Boca Maldita, deste ano, boa parte do PIB do Paraná estava reunida, e junto com o presidente, Paulo Skaf, da FIESP, o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, o Conselheiro do TCU, Augusto Nardes, foram homenageados Fachin e Sérgio Moro.

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Quando falou, Fachin foi efusivamente aplaudido. Mas a única unanimidade dos 500 comensais foi a outorga da Comenda de Cavalheiro da Boca Maldita ao juiz Sérgio Moro. Aplaudido de pé por vários minutos, numa demonstração de respeito e apoio ao seu trabalho que tem levado empresários e políticos corruptos a prisão.

E quanto ao Japonês da Policia Federal, que virou celebridade ao ser fotografado na escolta de presos famosos da Lava Jato. Outro dia causou alvoroço, num bar do Água Verde. Durante pouco mais de 1 hora o agente Newton Ishii, não conseguiu sentar. A todo instante os frequentadores do bar queriam tirar fotografias, conversar, perguntar sobre os próximos passos da Lava Jato. A todos, o Japonês “bonzinho” atendia educadamente, explicava seu trabalho e que tratava os presos com respeito que o ser humano merece.

A histórica autofagia paranaense, tão observada em outros momentos, parece que deu uma trégua ante os novos heróis, que defendem o povo e combatem os poderosos que exploram a nação. Na Boca Maldita, Fachin, Moro e o Japonês da Federal, são unanimidade.

*Jorge Bernardi, vereador de Curitiba (Rede), é advogado e jornalista. Mestre e doutorando em gestão urbana, ele escreve aos sábados no Blog do Esmael.

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