A greve dos petroleiros iniciada no dia 1° de novembro continua ganhando força por todo o país, obrigando a direção da Petrobras a reconhecer a pauta dos trabalhadores e a inciar uma mesa de negociação.
Segundo o presidente Sindicato dos Petroleiros no Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), Mário Alberto Dal Zot, mais de 90% dos trabalhadores da parte operacional da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) em Araucária estão parados. A Repar tem capacidade de processamento de 33 mil m³ de petróleo por dia e é a quinta maior refinaria do país.
Mario afirmou que a empresa sonega informações sobre como estão os níveis de produção e sobre a quantidade de trabalhadores que continuam em serviço “para não expor o risco de acidentes que é muito alto nessas condições”.
Em nível nacional, também não há dados concretos dos impactos da greve. Mas só nas plataformas da Bacia de Campos a produção caiu cerca de 450 mil barris por dia, o que representa ¼ da produção nacional.
Por isso, a direção da Petrobras se viu obrigada a chamar os trabalhadores, representados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) para a negociação, que iniciou na manhã de hoje, no Rio de Janeiro.
Segundo a FUP, a greve é, em primeiro lugar, em defesa da Petrobras e contra a privatização da empresa. Os trabalhadores também são contra o atual plano de negócios da petrolífera que reduz os investimentos, o que contribui para o agravamento da recessão nacional.
Além dessas pautas, eles cobram mais segurança para os trabalhadores, melhores condições de trabalho e a manutenção de direitos adquiridos.
Os petroleiros também lamentam os escândalos de corrupção envolvendo a empresa, mas para eles, é necessário que a Petrobras reaja sob pena de sucumbir aos interesses internacionais pela privatização do patrimônio nacional.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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