Super-herói do impeachment, Cunha precisa explicar contas na Suíça

Cunha, o super-herói dos "coxinhas" e Richa, no Paraná, herói oculto do movimento pelo impeachment de Dilma.
Cunha, o super-herói dos “coxinhas” terá de explicar contas secretas na Suíça; Richa, no Paraná, herói “oculto” do movimento pelo impeachment de Dilma, também frustra os liderados pelo golpe devido seus tropeços morais.

“Meus heróis morreram de overdose” (Cazuza, em Ideologia).

Os chamados “coxinhas”, aqueles que foram às ruas pelo impeachment da presidenta Dilma e destilaram ódio contra o PT, aos poucos vão ficando sem seus impolutos heróis.

No plano nacional, sucumbe o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), expert em chantagens ao Planalto e aos próprios coxinhas comportando-se pendularmente, vacilante, entre a defesa do impeachment e a condenação do golpe.

No plano estadual, o governador do Paraná Beto Richa (PSDB), também líder oculto das manifestações anti-Dilma e anti-PT, entrou na linha de fogo da Lava Jato. Além disso, o tucano virou réu numa ação de improbidade por causa do massacre do Centro Cívico.

A seguir, leia matéria da Agência do Brasil acerca das contas bancárias secretas de Eduardo Cunha na Suíça:

Suíça envia ao Brasil investigação sobre suposta conta de Eduardo Cunha

da Agência Brasil

Economia

O Ministério Público da Suíça encontrou contas bancárias em nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de parentes dele naquele país. A informação foi confirmada hoje (30) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Com a identificação das contas, o Ministério Público da Suíça remeteu para a PGR a investigação aberta contra Cunha, que passará a ser investigado no Brasil por suspeita dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção e suposto recebimento de propina no âmbito da Operação Lava Jato. “As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram-se em abril deste ano, e houve bloqueio de valores”, informa a procuradoria.

A quantia bloqueada não foi divulgada. De acordo com a procuradoria, a transferência da investigação para o Brasil, por meio de acordo de cooperação, vai permitir a efetividade das apurações, sendo que Cunha, como brasileiro, não pode ser extraditado para outro país.

Mais cedo, após tomar conhecimento da transferência da investigação para o Brasil, Eduardo Cunha disse que não comentaria o caso. O advogado Antonio Fernando Souza, que representa o parlamentar, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.

Na denúncia apresentada ao Supremo no mês passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação, em 2006 e 2007, de dois navios-sonda pela Petrobras com o estaleiro Samsung Heavy Industries. O negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que está preso há nove meses em Curitiba. Após a análise das acusações pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF, caberá ao plenário do tribunal decidir se abre ação penal contra o presidente da Câmara.

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