Quiproquó na fronteira: prefeito “dinheirudo” manda prender polícia e jornalista; ladrão fica solto

Prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, o mais "dinheirudo" do país, ficou na bronca não com o ladrão que roubou R$ 300 mil em espécie e armas de fogo, mas com policial e com a imprensa que divulgaram o fato; alcaide iguaçuense mandou prender soldado que vazou B.O., que é documento público; pode isso, Arnaldo?
Prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, o mais “dinheirudo” do país, ficou na bronca não com o ladrão que roubou R$ 300 mil em espécie e armas de fogo, mas com policial e com a imprensa que divulgaram o fato; alcaide iguaçuense mandou prender soldado que vazou B.O., que é documento público.

O k-suco ferveu nesta sexta-feira (30) em Foz do Iguaçu, na tríplice fronte, depois que o prefeito da cidade, Reni Pereira (PSB), aliado do governador Beto Richa (PSDB), mandou prender um policial militar por ter fornecido à imprensa local cópia de B.O. (Boletim de Ocorrência).

No documento que é público, Reni registrou o roubo de R$ 300 mil em dinheiro e armas de fogo que estavam sob a guarda de um segurança. O ladrão fora identificado e preso, mas, como pagou fiança, já saiu da cadeia.

O inusitado é que o prefeito mais “dinheirudo” do Brasil centrou fogo no soldado da PM, que está preso no 4º BPM a pedido de Reni Pereira. Também sobrou para a imprensa local, como o leitor verá logo adiante.

O advogado do soldado, Jorge Silva Julian, achou muito estranha a reação do prefeito iguaçuense, que vez vistas grossas para a soltura do ladrão mas fez questão de prender o policial que deu publicidade ao B.O. Segundo o defensor, o documento é público e não sigilo na ocorrência. Além disso, aponta, o transporte de armas, entre Reni até a casa do segurança, pode ter sido ilegal.

“Eu creio que esse dinheiro deve ter origem. O prefeito municipal, não tem problema, e também ele deve ter as duas guias de tráfego, que alguém levou essas armas da casa dele para casa do Guarda Municipal”, disparou o advogado.

Na confusão, sobrou até para o jornalista Enrique Alliana, editor do jornal Tribuna Popular, que foi chamado a dar depoimento às 3h15 desta madrugada. “Não é porque ele é prefeito que não pode dar notícia disso”, afirmou o repórter, em concordância com o advogado do soldado.

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