Greve da Guarda Municipal, protesto de agentes de saúde e caos na Urbs; seria o inferno astral de Fruet?

Agentes comunitários de saúde e guardas municipais, sob a bandeira da União Geral dos Trabalhadores (UGT), deflagram greve por tempo indeterminado na segunda-feira, dia 19; servidores ironizam campanha midiática "fru-fru" da Prefeitura de Curitiba dizendo que ainda não "Vi... nada" de gestão; manifestantes descem o relho da campanha "Vinada Cultural" de Gustavo Fruet, que, segundo eles, a propaganda custa muito mais caro que o molho do cachorro quente.
Agentes comunitários de saúde e guardas municipais, sob a bandeira da União Geral dos Trabalhadores (UGT), deflagram greve por tempo indeterminado na segunda-feira, dia 19; servidores ironizam campanha midiática “fru-fru” da Prefeitura de Curitiba dizendo que ainda não “Vi… nada” de gestão; manifestantes descem o relho da campanha “Vinada Cultural” de Gustavo Fruet, que, segundo eles, a propaganda custa muito mais caro que o molho do cachorro quente.

As coisas não andam muito boas para as bandas da Prefeitura de Curitiba. Gustavo Fruet (PDT), o prefeito da capital paranaense, vem colecionando desacertos e impopularidades.

O atento leitor pode dizer que isso não é exclusividade dele. Beto Richa (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)  não estão rindo à toa, e a moral dos legislativos também anda pior que o normal. Mas de todos esses, somente Fruet está prestes a disputar a reeleição, além dos vereadores, é claro.

E faltando agora menos de um ano para as eleições municipais, Gustavo Fruet parece estar no pior e mais atribulado momento do seu mandato no comando da administração, com greves e protestos estourando em todos os quadrantes da capital da capivara.

Há dias vem repercutindo na imprensa uma série de desmandos na empresa Urbanização de Curitiba, a Urbs. O alto preço das passagens, a desintegração com a Região Metropolitana e os ônibus com prazo de validade vencidos já eram graves, mas surgiu um escândalo de assédio moral e sexual para coroar a pataquada.

Pois agora é a Guarda Municipal que anuncia greve geral por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (19). Eles protestam contra a redução dos proventos, resultado da mudança do cálculo das escalas, a falta de investimentos na estrutura da guarda e a precarização das condições de trabalho.

Segundo o Sindicato da Guarda Municipal de Curitiba, Sigmuc, a mudança no cálculo das escalas causará redução de 20% a 40% nos salários, já a partir de novembro. Além disso a entidade denuncia que houve a redução do número de viaturas, muitas delas estão paradas por falta de manutenção e até mesmo combustível.

Economia

“A redução nos salários e a falta de investimentos em equipamentos e estrutura são os principais motivos que levaram a categoria a deflagrar essa greve geral”, afirma o presidente do Sigmuc, Luiz Vecchi. Ele lembra ainda que desde que assumiu a prefeitura(Fruet), nunca houve um diálogo direto entre o prefeito e o sindicato.

“Isso mostra o total desinteresse dessa administração que até agora sequer nomeou um secretário para a pasta da Defesa Social”, concluiu.

Uma manifestação dos Guardas Municipais está marcada para a segunda-feira (19), a partir das 8 horas, em frente à prefeitura municipal de Curitiba.

Eles devem se encontrar com os Agentes Comunitários de Saúde que tem protesto marcado para o mesmo local a partir das 9 da manhã. Os ACS´s, querem a prometida “transição de carreira”. Desde 2014, com a criação do cargo de Agente Comunitário de Saúde os mais de 1.000 ACS´s aguardam a devida efetivação.

O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde, Luiz Carlos Alves de Lara, explica que não há falta de recursos para essa transição, pois a prefeitura recebe verbas federais para a manutenção desses trabalhadores e o aporte financeiro do município seria o mesmo.

Faltando um ano para o fim de seu primeiro mandato no executivo, Gustavo Fruet vai se mostrando incapaz de administrar e superar demandas, por menores e mais simples que sejam. Mas ele ainda tem chance de mostrar alguma atitude. Soluções firmes e rápidas para essas três demandas poderiam ser um bom começo, talvez uma mudança de rumo. Mas é difícil encontrar alguém que acredite nisso.

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