Deputado do PMDB apresenta-se como coveiro do impeachment de Dilma

Deputado João Arruda (PMDB-PR), em artigo especial para o Blog do Esmael, nesta segunda-feira (5), decreta oficialmente o fim da tentativa oposicionista de impeachment da presidenta Dilma Rousseff; segundo o peemedebista, faltou ao movimento golpista na Câmara combinar com os russos, isto é, os parlamentares da Casa; leia, opine e compartilhe.
Deputado João Arruda (PMDB-PR), em artigo especial para o Blog do Esmael, nesta segunda-feira (5), decreta oficialmente o fim da tentativa oposicionista de impeachment da presidenta Dilma Rousseff; segundo o peemedebista, faltou ao movimento golpista na Câmara combinar com os russos, isto é, os parlamentares da Casa; leia, opine e compartilhe.
O deputado federal João Arruda (PMDB-PR), líder da bancada paranaense no Congresso Nacional, em artigo especial para o Blog do Esmael, nesta segunda-feira (5), apresenta-se como coveiro das tentativas de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) na Câmara. O peemedebista ironiza os oposicionistas dizendo que eles esqueceram de combinar com os russos, isto é, os demais parlamentares da Casa.

“Hoje, os deputados unidos em torno do impeachment não têm sequer 120 votos, quanto mais 342, o número necessário para sacramentar o afastamento da presidente na hipótese de o processo ser instalado”, explica Arruda.

O “deputado-coveiro” ainda encontra mais espaço em seu artigo para classificar de “bobo” o papel da oposição na Câmara, que é “incapaz de formular saídas para crise”.

Para João Arruda, a oposição seguirá agarrada ao espírito do “quanto pior, melhor” para chegar ao poder na marra, já que perdeu – olha aí de novo – no voto. “É democracia, gente. Tem que ser no voto. No grito, jamais”, fuzila.

A seguir, leia a íntegra do artigo especial de João Arruda:

A piada do impeachment

Economia

por João Arruda*

Diz a lenda que em 1958, na Copa da Suécia, o técnico da seleção brasileira fazia a preleção antes do jogo com a União Soviética. Vicente Feola teria dito que bastava seus jogadores fazerem isso ou aquilo, exatamente conforme ele mandava, que o time venceria a partida. Foi então que Garrincha, com sua inocência desconcertante, interrompeu o treinador: “Mas o senhor já combinou com os russos?”.

A história pertence ao folclore do futebol, mas me lembro dela quando vejo a oposição anunciar estratégias para abrir um processo de impeachment da presidente Dilma Roussef e ousa até especular a composição das forças políticas em um eventual novo governo. Dá vontade de perguntar para eles: “Mas vocês já combinaram com os deputados?”.

A empáfia da oposição é motivo de piada nos bastidores da Câmara. Hoje, os deputados unidos em torno do impeachment não têm sequer 120 votos, quanto mais 342, o número necessário para sacramentar o afastamento da presidente na hipótese de o processo ser instalado. Quando encontro com algum colega empolgado com a tese de impeachment, digo sempre: “Menos, menos”.

A crise é inegável. O país vive um drama econômico que a tensão política trata de aprofundar ainda mais. No entanto, a oposição precisa entender que, além de votos, deve encontrar uma base jurídica para pedir o afastamento de Dilma. Por ora, até as estátuas da Praça 19 de Dezembro sabem que essa fundamentação não existe, a despeito dos escândalos que envolvem o partido da presidente.

Contra a maré de incertezas, porém, o governo arrisca movimentos. Foi feliz na repactuação da aliança com o PMDB, que vai ocupar um papel mais efetivo na minirreforma ministerial. A nossa expectativa é de que esse gesto produza fatos concretos e tirem o País da pasmaceira. No que depender do nosso partido, fiador da democracia e da governabilidade, isso vai acontecer.

Enquanto isso, a oposição seguirá fazendo papel de bobo, incapaz de formular saídas para crise, simplesmente agarrada ao espírito do “quanto pior, melhor” para chegar ao poder na marra, já que perdeu – olha aí de novo – no voto. É democracia, gente. Tem que ser no voto. No grito, jamais.

*João Arruda é deputado federal pelo PMDB, coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional.

Comments are closed.