APP-Sindicato estuda arrastar os cibercomissionados de Beto Richa para a CPI de Crimes Cibernéticos

tendaappA APP-Sindicato reagiu nesta quinta-feira (15) à nova tentativa de criminalização da entidade e do movimento de educadores de todo o estado. O crime foi deflagrado anonimamente pela “Tenda Digital”, uma organização clandestina bancada por recursos públicas, cujos integrantes são comissionados do governador Beto Richa (PSDB).

As inverdades e difamações sempre anônimas foram disseminadas em alguns sites e blogs chapa-branca ligados do Palácio Iguaçu, por isso a APP estuda arrastar esses cibercomissionados até Brasília para deporem na CPI de Crimes Cibernéticos.

A patética tentativa de criminalizar a entidade se baseou na notícia da prisão de um secretário de escola, que supostamente contrabandeava miras para armas. Mas a informação é tão bisonha que chama atenção o fato de experientes jornalistas a tenham repercutido, no puro afã de agradar à chefia.

A APP publicou uma nota em seu portal explicando que o preso nada tem a ver com a direção da entidade, e somente esteve sindicalizado por alguns meses. Num universo de mais de 75 mil professores, além dos funcionários das escolas, é um absurdo pensar que qualquer ação criminosa de um indivíduo possa ser imputada a categoria como um todo ou ao sindicato que a representa.

Mas essa é a linha de raciocínio e de ação do governador, dos seus aliados e dos cibercomissionados da Tenda Digital, que atuam nas trevas para desqualificar os adversários. Aliás, a Tenda Digital já foi alvo de denúncias justamente por práticas como essa, e logo Beto Richa e sua equipe terão que se explicar na CPI dos crimes cibernéticos, que tem no deputado João Arruda (PMDB) um de seus membros mais atuantes.

O que é e o que faz a “Tenda Digital”

Economia

A organização clandestina conhecida por Tenda Digital surgiu na campanha pela reeleição de Beto Richa e opera no submundo da internet. Ela dissemina informações apócrifas e desfere ataques cibernéticos contra quem ouse fazer oposição ao governador tucano.

Foi assim no caso da promotora de Justiça Leila Schimiti, que, após um acidente de trânsito, foi transformada em vilã. O intenção era que fosse afastada das investigações que fazia junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sobre a corrupção no governo.

A “Tenda” também deixou seu rastro de ódio ao atacar os professores em greve no primeiro semestre deste ano, disseminando mentiras de todos os tipos. Também participou do caso do palhaço Tico Bonito, que foi preso pelo Pelotão de Choque da Polícia Militar porque fez uma crítica aos policiais e ao governador.

O deputado estadual Requião Filho (PMDB) pediu no início do ano ao Gaeco para que investigasse ataques oriundos de computadores do Palácio Iguaçu. Segundo o parlamentar, uma denúncia recebida por ele ligaria o ex-assessor do governo do estado, Marcelo Caramori, o Tchello, preso pelo Gaeco sob suspeita de cometer crime sexual, aos administradores da Tenda Digital.

Há também indícios da participação do primo de Beto Richa, Luiz Abi Antoun, nas ações da Tenda Digital. Abi foi preso mais de uma vez e está sendo julgado por corrupção junto ao governo.

Informantes com trânsito no Palácio Iguaçu dão conta de que o presidente da e-Paraná, Sergio Kobayashique seria quem comanda a tropa de cibercomissionados tucanos. Kobayashi foi deputado federal pelo PSDB de São Paulo.

Mas a infantilidade das mentiras do governador e de seus ciberterroristas não se sustenta, e não demora para que a verdade apareça.

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