Setor produtivo, deputados governistas e até “Atletiba” rejeitam novo pacotaço de Beto Richa

pacotacoO pacotaço de maldades do governador Beto Richa (PSDB), parte 3, vem desagradando praticamente todos os setores da sociedade. Além de prefeituras, judiciário e legislativo, que sofrerão cortes de cerca de R$ 400 milhões, agora foi a vez de entidades do setor produtivo, profissionais liberais e deputados governistas se manifestarem contra o novo golpe tucano. Até a torcida no Atletiba deste domingo (20), no estádio Couto Pereira, deixará seu recado contra mais essa sacanagem.

As entidades elaboraram um manifesto que foi entregue nesta quinta-feira (17) aos deputados estaduais pedindo que o projeto de lei do governo que cria o novo pacotaço seja rejeitado na íntegra.

O manifesto foi recebido pelo primeiro secretário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado governista Plauto Miró (DEM). Aliás, Plauto fez um duro pronunciamento na Alep na última terça-feira (15) chamando o projeto de “pacote de maldades” e adiantando que votará contra. Plauto chegou a afirmar que o governador Beto Richa não deve nem saber o teor do projeto, atribuindo as maldades ao secretário da Fazenda Mauro Ricardo Costa.

Confira o pronunciamento de Plauto Miró:

Além da revolta em parte da bancada governista, o PMDB que possui deputados nos dois lados (governo e oposição) pode fechar questão contra o pacote como está.

Economia

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Paraná (OAB-PR), Juliano Breda, fez duras críticas ao pacote. Segundo  reportagem da Folha de Londrina, Breda não poupou nem a proposta de criação do Fundo de Combate à Pobreza, que seria na realidade, uma “maquiagem contábil” nas contas do governo.

“Há uma percepção geral de que esse nome outorgado ao fundo é meramente uma justificativa, um eufemismo, para se criar uma causa nobre que não é verdadeira, não é sincera. Esse fundo é uma maquiagem contábil nas contas do governo, inclusive para retirar dinheiro dos municípios, que é o ente federativo mais prejudicado pelas receitas tributárias do País, e vai retirar recursos do Poder Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público”, declarou Breda à Folha.

Diante da rejeição generalizada, o governo já recuou e desistiu do aumento na taxação das heranças e doações, que por sinal atingia os mais ricos. Mas ainda é muito pouco. Parece que novamente o Palácio Iguaçu ensaia uma facada grande, para poder recuar e garantir a parte da mordida que desejava de verdade.

Leia a seguir o manifesto das entidades que critica as medidas fiscais dos governos estadual e federal:

Manifesto aos Governantes

As entidades do setor produtivo, de prestação de serviços e instituições de classe, reunidas nesta data, vêm a público manifestar grave preocupação com as medidas fiscais anunciadas pelos Governos Federal e Estadual, marcadas especialmente pelo aumento da carga tributária, sacrificando ainda mais a população e o setor produtivo, sem a necessária redução dos gastos públicos.

Manifestam-se veementemente contrárias à volta da CPMF, à desestruturação do sistema “S”, e, no plano estadual, condenam integralmente o abusivo PL 662/2015, especialmente no que tange à elevação do ITCMD, cuja gravidade é incompatível com a tramitação em regime de urgência, devendo ser rejeitado pela Assembleia Legislativa, por caracterizar-se contrário aos interesses da população.

Curitiba, 17 de setembro de 2015.

OAB-PR
Fecomércio PR
FAEP
FIEP PR
Faciap
Fetranspar
Sistema Ocepar
Instituto dos Advogados do Paraná
Associação Comercial do Paraná
Sescap PR
CRECI PR
CRC PR
Movimento Pró-Paraná

Com informações da Folha de Londrina

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