O Ministério Público de São Paulo iniciou no final do mês de julho uma série de prisões de fiscais e ex-funcionários da Receita daquele estado, desbaratando o que eles chamaram de “máfia do ICMS”. A operação foi montada com base na delação do doleiro Alberto Youssef, da Lava Jato, e até agora dez pessoas já foram presas.
Agora, adivinhem quem era o secretário da Fazenda por lá na época dos desvios? Sim, ele mesmo, o interventor nacional do PSDB que atualmente chefia a Fazenda do Paraná: Mauro Ricardo Costa.
A velha mídia paranaense omitiu essa informação, aqui na terra das araucárias, depois que o governo Beto Richa (PSDB) começou despejar dinheiro em propaganda da “nota fria” com CPF.
Aliás, o esquema de desvio em São Paulo é bem parecido com o investigado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), na Operação Publicano, que rendeu denúncia de mais de cem pessoas, entre elas o primo de Beto Richa (PSDB), o lobista Luiz Abi Antoun, por desvios na Receita do Paraná.
A prática consiste em aliviar, ou até anistiar, dívidas e multas de empresários em troca de propina. Os fiscais apresentavam multas falsas e exigiam pagamento para diminuir os valores. O esquema em São Paulo operou entre 2006 e 2012 e foi relatado pelo doleiro Alberto Youssef em depoimento à Procuradoria Geral daquele estado.
Mauro Ricardo Costa foi secretário da Fazenda do estado de São Paulo entre entre 2007 e 2010, no auge da pilantragem, segundo o Ministério Público paulista.
Agora resta saber se por lá as investigações vão chegar ao ex-secretário e se a semelhança no “modus operandi” daquele esquema vai trazer reflexos na apuração dos desvios na Receita Estadual do Paraná. Os governos do PSDB, o envolvimento de Alberto Yousseff e a presença de Mauro Ricardo são fatos que se repetem lá e cá.
Com informações do G1.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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