Beto Richa desautoriza Sciarra sobre prorrogação do pedágio e deixa G-7 com a broxa na mão

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O governador Beto Richa (PSDB), nesta quarta-feira (15), desautorizou o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), e vice-governadora Cida Borghetti (PROS), na negociação para prorrogar os contratos do ‘pedágio mais caro do mundo’ no Paraná. Segundo o tucano, ninguém tratou o assunto e é preciso “cautela”.

Na prática, o governador joga o chefe da Casa Civil na frigideira e deixa o G-7, grupo de entidades empresariais, com a broxa na mão ao dizer que o setor produtivo estaria solicitando a prorrogação os contratos do pedágio até 2050.

Pedágio é contraproducente para dizer o mínimo. Faz os produtos paranaenses perderem competitividade perante os de fora. Só é bom para quem faz lobby e nada produz.

Em qualquer lugar no mundo entidade de classe que joga contra os interesses dos associados é defenestrada. Não vai demorar muito para que as direções dessas organizações “traíras” percam a cabeça na guilhotina política interna.

O Palácio Iguaçu delatou as seguintes entidades, que teriam pedido para prorrogar o pedágio: Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) conta com o apoio da Federação do Comércio (Fecomércio), Federação dos Transportes do Paraná (Fetranspar), Associação Comercial do Paraná (ACP) e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap).

Economia

Se recusaram a assinar documento pedindo tal aberração a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Fecoopar (Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).

Na franja desse quiproquó surgiu hoje a proposta do deputado Tadeu Veneri (PT) para a realização de um plebiscito sobre o pedágio. Ele quer que os eleitores decidam se o pedágio acaba ou continua.

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