Reviravolta: Governo Richa teme votação no plenário da Assembleia

Se o governo Beto Richa for derrotado na questão da data-base, na Assembleia, como se desenha no horizonte, não será uma derrota apenas pelos 8,17% como creem os incautos; será pelos tratoraços, pacotes de maldades, tarifaços, confisco da previdência, massacre de professores, sucateamento das escolas e dos serviços públicos, enfim, pela luta contra a corrupção.
Se o governo Beto Richa for derrotado na questão da data-base, na Assembleia, como se desenha no horizonte, não será uma derrota apenas pelos 8,17% como creem os incautos; será pelos tratoraços, pacotes de maldades, tarifaços, confisco da previdência, massacre de professores, sucateamento das escolas e dos serviços públicos, enfim, pela luta contra a corrupção.
O governador Beto Richa (PSDB) teme encarar votações polêmicas no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), dentre as quais a emenda que obriga o tesouro estadual pagar reajuste de 8,17% para todos os professores e servidores públicos. O tucano propõe 3,45% em outubro, o que é rejeitado por uma parcela de parlamentares.

O substitutivo que garante os 8,17% vai hoje às 13h30 para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se o colegiado de 13 deputados emitir parecer contrário à emenda de autoria de Requião Filho (PMDB), a matéria desce para avaliação do plenário formado por 54 parlamentares. É aí que a porca torce o rabo…

Beto Richa ameaça retirar da pauta o projeto de reajuste na data-base, que é direito de todo trabalhador. Isto porque o governo não goza de maioria no legislativo, a quem joga o desgaste. Ele tem tudo para perder essa votação. Faltam-lhe votos na Assembleia, por isso flerta com “zero” de reposição ao funcionalismo. Teme o inevitável, portanto.

O governo Beto Richa errou ao fazer do índice de correção inflacionário um cabo de guerra contra professores e servidores, após descolar-se da realidade. Para complicar o quadro, o tucano praticamente despacha da penitenciária haja vista a quantidade de Boletins de Ocorrência (B.O.) envolvendo seus auxiliares e familiares mais próximos.

Será que o governador do PSDB ainda tem maioria no plenário quando a matéria é polêmica, como essa dos professores? Há quem acredite que o Palácio Iguaçu sairá derrotado dessa.

Para apimentar o cenário, o PMDB fechou questão ontem à noite pelo reajuste de 8,17%. Deputado que votar contra a orientação partidária perderá o mandato, avisa o senador Roberto Requião, que retomou o controle da legenda no estado.

Economia

Seja no voto, seja na política, o governador tucano perdeu. Aliás, em perspectiva, Richa sofreu derrota estratégica daquelas que não têm mais recuperação. Talvez ele precise redimensionar seu projeto político disputando, por exemplo, em 2018, uma das cadeiras na Assembleia ou na Câmara para garantir foro privilegiado. O Senado, que era um sonho, ficou mais distante que o Céu da Terra.

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