Constrangidos, deputados votam reajustes diferenciados: 3,45% para educadores; 8,17% para judiciário

A Assembleia Legislativa do Paraná vai se firmando como poder linha-auxiliar, de assessoramento, “pelego*” do Palácio Iguaçu, se se confirmar votação de reajuste diferenciado para os servidores do executivo, dentre os quais se incluem os professores, com apenas de 3,45% em outubro, e de 8,17% em parcela única para os funcionários do judiciário.

(Transmissão encerrada às 16h53).

O parlamento teria o papel de promover o processo dialético e a fiscalização do poder executivo. Teria, mas não tem.

É bom que fique claro que, neste caso, está certo o judiciário ao conceder 8,17% de data-base para seus servidores. O Tribunal de Justiça, portanto, cumpre a lei, mas, infelizmente, permite ao governador Beto Richa (PSDB) descumpri-la.

Os educadores não voltarão às aulas na próxima quinta-feira, dia 11, pela “brilhante” articulação da Assembleia, desde ou aquele deputado, muito menos pela vontade do governador tucano. Pelo contrário. O retorno às escolas se dará em virtude da função social de professores e funcionários e do compromisso com pais e alunos — enfim, com a comunidade.

Economia

Dito isto, cabe a pergunta: os deputados não ficam constrangidos em votar reajuste diferenciado para os servidores que habitam o mesmo Estado? Suas excelências não estariam ajudando Beto Richa transformar o magistério em profissão de segunda classe?

Nota do Blog do Esmael: “pelego*” é aquele acessório, geralmente de lã de carneiro, que evita o atrito entre a sela e o lombo do cavalo.

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